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domingo, 22 de setembro de 2019

O filósofo como artista marcial: como agir em um teatro de guerra?

O Nuffc convida para a palestra:
O FILÓSOFO COMO ARTISTA MARCIAL: COMO AGIR EM UM TEATRO DE GUERRA?

de Felipe Araújo - UFRJ

Dia 27 de setembro
14h
no IFCS
sala 321

Largo São Francisco de Paula
Centro, Rio de Janeiro

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O filósofo como artista marcial: como agir em um teatro de guerra ?

É preciso combater a ideia de que a filosofia é uma atividade meramente teórica. A filosofia é uma atividade prática, voltada para resolver os problemas reais da vida. A ideia de filosofia como atividade meramente reflexiva serve a interesses muito específicos para manter as estruturas de poder intactas. Entendemos que a filosofia é tão prática (ou deveria ser) quanto as atividades físicas. Assim, apresentamos a atividade filosófica como uma espécie de arte marcial, uma vez que ela possui essa dupla natureza: artística e combativa. Nesse sentido, concordamos com Deleuze quando este sugere que a atividade filosófica é criação de instrumentos de combate. A partir desse pressuposto, apresentamos conceitos extraídos de filosofias muito antigas, presentes nas artes marciais, em especial na Capoeira e no Kung Fu, e que são muito pouco explorados academicamente. Para apresentar essa filosofia que enfrenta seus adversários-problemas, recorremos a conceitos como: defesa e ataque, força e resistência, tática e estratégia, linha central, malandragem e volta ao mundo, dentre outros. Defendemos uma filosofia que não fuja da vida, mas que a afirme; uma filosofia criadora e inventiva, combativa, que enfrenta os problemas reais que se colocam diante de nós. Uma filosofia artística e marcial. Nesse encontro, em especial, nos dedicaremos a pensar como as artes marciais podem nos ajudar a viver, resistir e enfrentar um cenário político-social de combate.

Felipe Araujo é doutorando do PPGF, professor da rede estadual e praticante de Capoeira Angola e Ving Tsun Kung Fu.




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